“Hoje vos encontrais
perante o Eterno…” (Devarim 29:9)
Atem Nitzavim Hayom
Kulchem...Hoje vos encontrais perante o Ele...”. Assim começa Moshé a parashá desta semana
advertindo-nos que o pacto com o Topoderoso não é um privilégio para com certa
parte do povo, senão com todos nós, desde o Cohén Gadol até o mais simples
judeu “col ish Israel”. “E não é para
convosco que o Eterno pactua senão com vossos descendentes que virão após vós pelas
gerações”.
O compromisso para com o Povo de
Israel chega muito para além da lógica ou da eleição. Poucos saberíamos explicar o “porquê” da
nossa “obrigação” pelo que em muitos casos chegamos a desconhecer.
Geração após geração, o
Povo de Israel tem-se visto envolto em situações que deviam tê-lo exterminado
ou pela força ou por eleição própria mas entretanto, em cada geração pareceram
cumprir-se as palavras da Hagadá de Pessach que nos diz: “Ve Hi Seamda...” “E foi ela (a promessa) que manteve os nossos
antepassados e agora a nós, pois não apenas um tirano se alçou contra nós para
nos exterminar, senão de geração em geração se levantam...
A existência de um povo
disseminado pelas quatro esquinas do mundo, integrados nas culturas aonde vive
e com interesse declarado de convivência com os seus vizinhos são os expoentes
mais claros para a sua assimilação, entretanto um instinto não entendidos
faz-nos lutar pela nossa continuidade.
“Presta atenção pois pus
hoje perante ti a vida e o bem, a morte e o mal... e escolherás a vida”. O bem e o mal, a vida e a morte encontram-se
na nossa escolha, fomos obrigados a escolher o caminho da vida. Que escolha tão difícil a que fomos forçado a
fazer, quando o bem e o mal se confundem, quando a inveja, a cobiça, a paixão e
muitas outras condições que friamente seriam renegadas de imediato por qualquer
ser pensante! Mas logo certos conceitos,
razões desses efeitos se convertem nos pilares fundadores da nossa sociedade,
como a competência em todos os níveis que originam a inveja e são motivo de
ódio, ou certos direitos democráticos como a liberdade de expressão mesmo
quando prejudica o próximo, etc.
Por acaso tem algum
valor aquele que a natureza lhe concedeu uma estatura não normal que lhe
permite rapidez no seu caminhar ou quem recebeu um Q.I. acima da média? O Rei Salomão disse nos provérbios:”Não se
vanglorie o sábio com a sua sabedoria nem o valente no seu valente
heroísmo...”. Já que todos eles foram dados sem méritos ficando o esforço, no
desejo de melhorar e mudar a verdadeira glória.
“Presta atenção que coloquei hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e
o mal... e escolherás a vida”.