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Leis de Yom Tov Estas leis aplicam-se a Pessach
e demais festividades que são consideradas como Yom Tov (Dia Festivo). A festividade de Pessach começa
no dia 15 de Nissan e prolonga-se por sete dias (fora de Israel festejam-se
oito dias). O primeiro e o último
dias são de plena festa, pois os nossos antepassados saíram na data
correspondente ao primeiro dia e no sétimo dia passaram o Mar Vermelho e
cantaram a Shirat Hayam. Os cinco dias intermédios têm
carácter festivo e recebem o nome de Chol Hamoed; durante estes dias
realizam-se somente os trabalhos necessários e indispensáveis. Todo o trabalho que está
proibido efectuar em Shabat, está também proibido fazê-lo em Yom Tov, excepto
os afazeres necessários para a preparação de alimentos, o transporte de
objectos na via pública e acender fogo de um pavio pré-acendida a uma outra
(Shulchan Aruch, Capítulo 495). A comparação dos dias festivos
com Shabat encontramo-la em vários pesukim (versículos) da Torá, nos quais as
festividades são mencionadas com o nome de “Shabat Shabaton”. “E proclamareis neste dia:
chamamento especial para vós, nenhum trabalho fareis, lei eterna em todos os
vossos acampamentos por todas as gerações.” (Levítico 23.21). A diferença do Shabat, dia em
que nos foi proibido todo o tipo de trabalho ou “melachá”, nas festividades
somente nos foi proibido realizar os trabalhos que são “melechet avodá”. A diferença entre estas duas
expressões indica-nos que nem todos os trabalhos que estãos proibidos em Shabat
estão proibidos em Yom Tov, senão que, como dizem as Escrituras, “O alimento da
pessoa, somente ele, será feito para vós”. E assim nos é permitido, por exemplo, cozinhar o necessário
para esse mesmo dia mas não do primeiro dia para o seguinte ou para o Shabat
(neste caso haverá que realizar o denominado “Eruv Tavshilin”). Se bem que nos é permitido
cozinhar está proibido acender fogo (o mesmo acontece acontece com a
eléctricidade); somente nos está permitido acender fogo de um pavio que tenha
sido antes acendido. “Eruv
Tavshilín”: Devido a que está proibido cozinhar durante a festa
(Yom Tov) para o dia seguinte, quando Shabat coincide com o término da festa,
em nos vemos obrigados a fazer os preparativos para esse mesmo Shabat, na mesma
festa, devemos começar esses antes da iniciação da festa. Para tal, costuma-se preparar na
véspera da festa dois alimentos cozinhados como, por exemplo pão, carne, ovo
fervido e separá-los numa bandeja ou prato, e pronunciar a seguinte bênção: “BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HEI-NU
MELECH HAOLAM ASHER KIDESHANU BEMITZVOTAV VETZIVANU AL MITZVATERU”. “BENDITO SEJAS TU, ETERNO NOSSO
D-US REI DO UNIVERSO, QUE NOS SANTIFICASTE COM OS TEUS MANDAMENTOS E NOS
RECOMENDASTE A MITZVÁ DO ERUV”. Depois da bênção, diz-se: “Com este Eruv, está-nos
permitido cozinhar e no lume ou no forno, voltar a aquecer ou acender (de outro
fogo) e fazer todas as nossas necessidades no dia festivo para o Shabat”. O Eruv deverá comer-se durante o
Shabat preferivelmente na Seudat Shelishit (terceira comida do dia). Yom Tov Shení
da Diáspora : na época do Beit Hamidrash (Templo de Jerusalém), o
começo do mês as festas eram fixadas segundo o testemunho visual do nascimento
da lua e uma vez decretado o princípio do mês pelo Sanhedrín (Alta Corte
Rabínica), transmitia-se a notícia às aldeias próximas e de aí a toda a
diáspora, por intermédio de tochas do alto dos montes. Este sistema foi perturbado
pelos goim dos arredores que acendiam também tochas para confundir os
judeus. Por este motivo, os Sábios
se viram obrigados a suprimir este sistema e começaram a guiar-se pelos
calendários, os quais nem sempre coincidiam com a “realidade de
Jerusalém”. Perante esta
circunstância, houve a necessidade de fixar um segundo dia festivo (para não
cair em dúvidas) para os judeus que viviam fora de Israel, dando-lhe a este dia
a mesma importância da primeira. Todas as leis concernentes ao
primeiro dia de Yom Tov são vigentes no segundo dia festivo na Diáspora,
excepto casos muito especiais, como o enterro de um ente querido, falecido etc. “Alegria”: O versículo
que expressa o mandato Divino: “E alegrar-te-ás na festa e serás então feliz”,
indica-nos que a pessoa está obrigada a alegrar-se nas festividades, tanto o
esposo como a sua mulher e seus filhos. “E quando te alegres, não te
esqueças do órfão, da viúva, do estranjeiro, do pobre, que vive nas tuas
cidades”. A Torá ensina-nos o
valor da verdadeira alegria que devemos compartir com os necessitados. Por outro lado, está escrito:
”Devido a que não serviste ao teu D-us com alegria...”, e isto refere-se ao
castigo das calamidades que ocorreram na história do nosso Povo, dado que o
autêntico e sincero serviço a D-us deve efectuar-se, necessariamente com
alegria no coração. “Um grande preceito é estar
sempre feliz”, diz uma das nossas tradicionais canções, portanto devemos
esmerar-nos em todos os preparativos da festa para que nenhum pequeno detalhe
atrapalhe a nossa alegria festiva. Os nossos Sábios obrigaram-nos a
respeitar as festas com boas vestimentas e mesas bem preparadas em honra ao
dia. Parte deste respeito à festa é
dado pelo acender das velas e o Kidush (bênção sobre o vinho). Depois da bênção do acender das velas
(“Leadlik ner shel Yom Tov”) recita-se a bênção “Shehecheianu” (somente no
primeiro dia). Disseram os nossos Sábios que se
tem que bendizer no Shabat e nas Festas tanto no começo como no final; no
começo por intermédio do kidush e ao finalizar por intermédio da Havdalá. A diferença do Shabat, quando
termina Yom Tov apenas se bendiz sobre o vinho e pronuncia-se a bênção da
Havdalá sem vela e sem espécies aromáticas. A vela impôs-se em recordação da luz que D-us criou antes da
Criação e do fogo, que constituiu o primeiro descobrimento humano. Por seu lado o aroma é para
tranquilizar a nossa alma da tristeza que a carrega pela saída do “Espírito de
Shabat”. ¡Pessach Casher VeSameach! Retome a Pessach (página principal) |
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