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Torá desde Jerusalem
Parashá Haazinu

Comentario sobre la Parashá

"Escutem os céus…"

“Escutem os céus e falarei, ouça a terra a Minha Palavra”.  Com estas palavras se despede Moshé do Povo de Israel pondo como testemunhos os céus e a terra e com este maravilhoso cântico onde declara em síntese a verdade e os princípios da Torá e deste modo nos declara:  “Perfeita é a obra do Todopoderoso.  A corrupção não faz parte de Ele, senão dos seus filhos, membros de uma geração perversa e perdida.  É assim que compensais o Eterno, povo vil e insensato...?”  Que despedida tão amarga a de um dirigente que levou baixo a sua responsabilidade todo um povo durante quarenta anos no deserto.  Mas não é a tristeza de não poder chegar à meta o que preocupa Moshé, senão a verdade da baixeza humana, um povo que viveu a hazgazá (controle) Divina, que até o mais simples ser do povo disse na abertura do Mar Vermelho:  “Este é o meu Senhor e esta é a Sua grandeza”.  Moshé conhece a realidade humana e adverte:  “Vayismán Yeshurún Vayibhat”.  “Ao cobrir-se de   gordura (riqueza) abandonou o seu Senhor..., profanaste o teu Salvador...fizeram-me gravar com o vão...”. E concluiu Moshé os seus ensinamentos a todo o Israel, dizendo:  ”Ponde o vosso coração em todas as palavras que hoje vos disse e comunicai-as a vossos filhos...”.

A facilidade de abandonar o importante e o consequente pela vanidade e prazeres momentâneos, estão gravados na natureza da pessoa é pelo que devemos estar em contínua consciência e alerta do perigo da vida que nos rodeia sobre tudo quando a facilidade e os  prazeres se convertem em naturais e quase obrigatórios.

Esta semana entre Rosh Hashaná e Yom Kipur denominada por nossos Sábios como os dez dias da Teshuvá, vê-se coroada pelo Sábado intermédio chamado Shabat Teshuvá e se todos os dias são aceites para o raciocínio e a recapacitação, este Sábado é especial, pois assim como o primeiro Shabat foi a coroação da Criação, este Sábado é a coroação da recapacitação.  Devemos aproveitar o potencial espiritual do Shabat em geral e deste em especial para realizar esse exame de consciência que o Criador nos exige e que é a razão de todos estes dias, “pois o Criador não procura no castigo daquele que se enganou senão em seu arrependimento e a sua volta ao bom caminho”.

A responsabilidade dos nossos dirgentes é tão grande que a Torá finaliza esta parashá e com ela a própria leitura da Torá, recordando-nos a morte de Moshé e  o seu castigo de não entrar na terra de Israel, pelo que Moshé e Aharon não fizeram “Kidush Hashem” (exaltação do Seu nome) num acto que nos pareceria inverosímil como foi o de baterem e não falarem à pedra para pedir que emenasse água.  Todo o engano consistiu nisso.  Podemos entender a relação de proporcionalidade existente entre o acto e o castigo?

Com este ensinamento e moralidade a Torá que concretizar todo o dirigente, pois não  somos responsáveis apenas pelos nossos actos ou pelos actos que podemos evitar nos demais, senão ainda mais pelos actos que podemos realizar e influenciar nas demais pessoas, cada um ao nível da sua capacidade de influência e responsabilidade.

Conta o Midrash que, quando Natan e Abihu saíram a profetizar, disseram as mulheres de Moshé e Aharon: Mesquinhas as mulheres destes, saberão elas o que as espera?  Quão diferentes eram as gerações dos nossos antepassados, conscientes da responsabilidade, fugiam dos cargos importantes!  Hoje não só fugimos desses cargos, senão que os perseguimos.

Shabat Shalom

Rab. Shlomó Wahnón

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